Retirada das posses no campo da Caixa D'água. Fotos: Daniel Correa. |
08:45
da manhã do dia 27/02/2013, o barulho das máquinas e caminhões no campo, a
poucos metros a frente de minha casa, indicam que o último foco de resistência
das invasões do Parque Marinha, foi derrubado.
As
invasões iniciadas no dia 21 de Dezembro no campo da Caixa D’água, encabeçadas
por Ednelsom, desencadearam uma sucessiva e desenfreada onda de posseiros, tomando
conta de todas as áreas verdes do bairro. Passadas algumas semanas a Prefeitura anunciou
o pedido de reintegração de posse, exigindo a saída das pessoas destes lugares.
Os
campos rapidamente tomados pelos posseiros foram esvaziados na mesma velocidade
de suas ocupações, restando apenas algumas barracas e bandeiras do PT pintadas
a mão. Aos poucos, todas as pessoas até então “desabrigadas” voltaram para as
suas respectivas casas e o discurso do não tenho onde morar desabava junto com
as suas malocas.
Bandeira do PT pintada a mão, campo do Tamandaré. Foto: Ticiano Pedroso. |
Mas no campo da Caixa D’água, as coisas
aconteceram de forma diferente. Apoiados por alguns vereadores como Kanelão e
Paulo Roldão, os posseiros conseguiram auxílio jurídico, e o direito de serem
ouvidos na Câmara Municipal. Estes fatos acabaram retardando a retirada das
posses naquele território. (ver postagem).
A
grande maioria dos habitantes do Parque Marinha sabiam quem eram os invasores,
assim como, o real interesse que existia por de trás do malfadado discurso do “não
tenho onde morar”. Muitos destes terrenos já se encontravam sendo negociados,
ou em fase da construção de alvenaria.
Retirada das posses no campo da Caixa 'água. Fotos: Daniel Correa. |
Desta
vez a administração municipal agiu como se esperava, tomando a iniciativa,
vindo a público falar que não permitiria a posse ilegal dos campos e desde o
início frisando a retirada dos ali apossados.
Alexandre
Lindenmeyer e sua trupe evitaram aquilo que poderia ser um dos grandes problemas
em sua administração. Permitir a posse ilegal de terrenos públicos, ou
simplesmente, fazer de conta que não vê, como sempre foi feito até aqui, seria
consentir com o ilegítimo, desencadeando uma onda de invasões e posses em
proporções nunca vistas.
Demorou,
mas foi derrubado. Parabéns à Prefeitura que além da retomada das áreas verdes
do Parque Marinha, vem realizando um trabalho de limpeza destes locais, o qual
se encontravam entregues a própria sorte, aos cuidados de uma população que descarta
o seu próprio lixo no campo da frente de sua casa, ou no campinho da esquina.
(ver também)
Campo que divide os bairros Parque Marinha e Parque São Pedro. Foto: Ticiano Pedroso. |
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