terça-feira, 5 de março de 2013

Corsan, algumas considerações




Prelúdio...

São 16:07, do dia 06/02/2013, faz uma tarde de sol, muito calor  e vento aqui no Parque Marinha. Enquanto começo a escrever essas linhas, o barulho das máquinas e dos trabalhadores ali na frente, sinaliza a retomada das obras, ou pelo menos, mais alguma das muitas vindas, as quais, até agora resultaram em nada. 

Apresentando o assunto:

O bairro Parque Marinha, surgiu nos anos 1980, para um melhor esclarecimento, utilizo aqui as palavras do Célebre Geógrafo e professor da Furg, Solismar Fraga Martins, de acordo com ele:
O Parque Marinha do Brasil representou um dos maiores empreendimentos imobiliários para a cidade, devido à dimensão do novo bairro, que embora afastado da área de ocupação mais intensiva, totalizava 3.111 casas, distribuídas em 120 quadras e com disponibilidade de extensas áreas verdes destinadas futuramente para lazer e outras estruturas urbanas públicas como escola, posto de saúde, etc. O bairro, implantado em 1981, foi provido de infra-estrutura básica, como água tratada e energia elétrica, ruas asfaltadas e rede de esgoto. Considerando que esta última infra-estrutura era e ainda é inexistente na maioria dos loteamentos da cidade do Rio Grande, isso significava um avanço em termos de saneamento, embora temporário, já que apresentaria problemas de funcionamento em poucos anos de utilização. Registre-se que a construção do Parque Marinha se dava num período em que a indústria pesqueira estava em pleno desenvolvimento e a cidade tinha atraído uma leva de imigrantes significativa, graças ao Distrito Industrial e ao Super Porto, além, do mais os efeitos da crise dos anos 80 ainda estavam por vir. (MARTINS, 2006, p. 215).

Como dito, foi um dos primeiros bairros a já surgir com uma rede de esgotos e saneamento. Mas, acontece que este benefício que tanto diferenciou e valorizou o bairro frente aos outros da cidade, nunca apresentou qualidade em seus serviços. 

Vamos aos fatos:

Cena comum do bairro é tu estar andando pelas avenidas e se deparar com um esgoto estourado. A água corre pela rua transformando todas as redondezas num imenso e insuportável cheiro de merda. Situação essa, o qual normalmente não é resolvida em tempo hábil pela Corsan e suas terceirizadas.
A Avenida dos Grandes Lagos é um local marcado pelos muitos estabelecimentos comerciais que estão localizados em toda a sua extensão. Mas, já há alguns anos, os moradores da quadra 23, mais especificamente, vem enfrentando uma batalha física contra a Consan. 
Acontece que os canos utilizados na construção do sistema de esgotos do bairro, estão estourando constantemente, o que faz com que calçadas sejam arrebentadas, muros quebrados em busca do conserto do determinado problema.
Mas, o que se vê na grande maioria dos casos, é a prestação de serviços normalmente realizada pelas empresas terceirizadas da Corsan, realizando um trabalho de péssima qualidade, deixando uma visível sensação de inacabado.
A cereja desse bolo fedorento ficou e está por conta de um grave problema que nem mesmo o velho Saturnino de Brito saberia responder. Uma danificação séria na tubulação de esgoto faz com que esta quadra (23) se encontre numa condição vulnerável desde o mês de março do ano passado (2012).
Muitos buracos foram abertos na rua, sistemas de drenagens foram colocados nas calçadas, bombas puxando água do subsolo 24 horas por dia, e jogando água do lençol freático fora, além do transtorno causado pela água empoçada na rua e calçadas.
Como se isso não fosse o suficiente, uma outra mangueira foi instalada rente ao meio fio das calçadas, se estendendo por mais de 50 metros até o próximo bueiro, puxa água do esgoto, (água podre), e frequentemente estoura, causando aquele doce e suave gosto de merda na boca e nariz das pessoas que por ali passam.
A reclamação dos moradores junto a Corsan, acabou resultando em nada é claro, ou vocês acham que iria adiantar alguma coisa?
A resposta dada pela Companhia de Saneamento (no ano passado os moradores procuraram a Corsan para obterem algum tipo de informação sobre o problema) é de que somente em janeiro do ano que vem 2013, (ou seja o presente ano) é que seriam tomadas algumas providências, em virtude da falta de uma máquina adequada para a realização deste tipo de serviço.
Fato é que, já estamos no segundo mês de 2013 (época em que foi escrito o texto), e o impasse desta obra se encontra longe de ser resolvido. A seguir uma série de fotos ilustram melhor essa situação. 

Embasando os dados:










































Nas duas semanas seguintes a construção deste texto as obras foram concluídas.

Gran finale

Madrugada de 06/03/2013, por volta das 02:00, sou chamado por um dos proprietários da casa ao lado, que vivenciou todo esse constrangimento e prejuízos ocasionados pelas obras da Corsan. Ele me chamava para ver o que acabara de acontecer na frente da sua casa. As imagens ilustram o resultado das recentes obras da Encopav/Corsan. 
Veja as fotos e tire e tire as suas próprias conclusões disso tudo.












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