quarta-feira, 31 de julho de 2013

Ares de milonga no final de tarde em Satolep

Foto retirada do perfil oficial de Vitor Ramil no facebook


Sabe aquele artista que tu é fã, admira as letras, a musicalidade, e que ele é capaz de despertar os mais diversos sentimentos, por horas escondidos, com um simples acorde de seu violão e sua voz que adentra a alma? Pois é, assim é Vitor Ramil pra mim, um artista completo, capaz de me fazer viajar nos seus ares de milongas.

Satolep, final de tarde, 17:30 de uma quarta feira ensolarada. O Teatro outrora vazio, naqueles tempos em que ecoava a voz Caruso, hoje estava completamente lotado por uma multidão de admiradores, fãs e curiosos que foram lá para conferir o artista local. O guri que com suas letras melancólicas e seu toque de milonga ganhou o mundo, cantando e contando a cidade fantasiosa que transpõe a temporalidade real, vivendo entre o apogeu do passado e os desafios do presente.

A névoa que cobria a cidade no fim de tarde até o dia de ontem, de alguma forma alimentava ainda mais o imaginário dos admiradores e seguidores da Estética do Frio, deixando o clima propício para o espetáculo. 

Joquim, fez questão de aparecer, afinal de contas, ele só precisou atravessar a rua. Mas não estava sozinho, trazia com ele um bando de poetas, malditos, pirados, parceiros, ciganos, inquietos, loucos de cara.

Em meio ao prosseguir companheiro, Vitor Ramil alçou a perna no pingo e saiu com rumo certo, olhando o teatro deserto que o aguardavam no salão para uma foto, autógrafo ou um simples aperto de mão.

Pode ser que seja um estado de êxtase pós show, pode ser que não. Mas tudo isso aconteceu e foi no mês que vem.

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PS: Este show foi realizado através de um programa cultural da Ufpel, junto com o Theatro Guarany. A partir de hoje todas as quartas feiras de cada semana serão contempladas com atividades artísticas e culturais, como música, cinema, teatro e dança, tudo sem qualquer custo de ingresso. Basta doar um quilo de alimento e trocar por seu ingresso.

Fica aqui a dica e o exemplo para a nossa Universidade Federal do Rio Grande e Prefeitura Municipal. Precisamos de mais opções artístico/culturais de baixo custo nesta cidade. Afinal de contas, nem todo mundo ocupa cargos de chefia no Pólo Naval, nem todo mundo pode pagar 80 reais em um ingresso para um show.  

Já que existe alinhamento das estrelas amarelas em todas as esferas, que elas sirvam então, como diz Ramil: “Para Brilhar, brilhar e poder gozar de paz”. 



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